A Viola Amarantina é umas das várias violas regionais portuguesas que vão resistindo à evolução, mantendo praticamente inalterada a sua estrutura original.
É uma viola de 5 ordens de cordas duplas, as 3 primeiras afinadas em uníssono e as restantes em oitavas. A escala é plana e em face com o tampo, facilitando assim o “rasgado” e tem a particularidade de ter alguns meios pontos já sobre o tampo (além dos 10 da escala) apenas para as cordas mais agudas permitindo assim aumentar a amplitude.
Talvez pelo facto de a aprendizagem da Viola Amarantina se basear na tradição oral, esta foi sendo tratada (por deturpação) como uma Viola Braguesa no que diz respeito à afinação, contudo, assim não é. Constatamos que há neste momento um esforço significativo em preservar a identidade desta viola, recuperando e registando as diferentes afinações e modos de tocar.
A boca da Viola Amarantina, constituída por 2 corações separados, está associada a uma história de amor ao estilo de Romeu e Julieta, vivida na cidade de Amarante.
Nas suas diferentes configurações de construção, temos como mais usuais:
Tampo: Em Tília, Pinho (Abeto)
Ilhargas e costas : Nogueira
Braço: Mogno
Escala: Panga Panga, Pau Santo, Ébano
Mecanismo de afinação: Cravelhas de madeira, Carrilhão
Tampo: | Em Tília, Pinho (Abeto) | |
Ilhargas e costas: | Mogno, Cerejeira, Plátano, Pau Santo | |
Braço: | Choupo, Mogno, Cedro | |
Escala: | Panga Panga, Pau Santo, Ébano | |
Mecanismo de afinação: | Cravelhas de madeira, Carrilhão |