Viola regional típica do Alentejo com forma de 8 muito pronunciado e normalmente com uma rosácea peculiar (há quem refira que lembra o sol do Alentejo). Com 5 ordens de cordas duplas, braço plano e em face com a caixa harmónica, esta viola, à semelhança da Viola Amarantina, tem a particularidade de ter alguns meios pontos já sobre o tampo (apenas para as cordas mais agudas) que lhe aumentam a amplitude.
Tem uma sonoridade muito rica também devido à afinação que normalmente é usada.
Nos anos 60, esta viola foi referida por Ernesto Veiga de Oliveira como muito rara e em vias de total extinção, na 1ª edição do seu livro “Instrumentos Musicais Populares Portugueses”.
Hoje o cenário é diferente, com inúmeros instrumentistas a tocarem esta viola, principalmente no enquadramento dos cantares típicos alentejanos.
Nas suas diferentes configurações de construção, temos como mais usuais:
Tampo: Em Tília, Pinho (Abeto)
Ilhargas e costas : Nogueira
Braço: Mogno
Escala: Panga Panga, Pau Santo, Ébano
Mecanismo de afinação: Carrilhão
Tampo: | Em Tília, Pinho (Abeto) | |
Ilhargas e costas: | Mogno, Cerejeira, Plátano, Pau Santo | |
Braço: | Choupo, Mogno, Cedro | |
Escala: | Panga Panga, Pau Santo, Ébano | |
Mecanismo de afinação: | Cravelhas de madeira, Carrilhão |